Lady Gaga é o que há de mais extemporâneo em nossos dias. Seu corpo e sua performance excêntrica predicam-na com tal adjetivo, pois por meio destes ela adere a uma relação singular com o agora; ao mesmo tempo impregnada de nossa época e estranha, excepcional. Ela é extemporânea porque as performances que realiza constituem um espaço que simultaneamente absorve as tendências do presente e instaura, nas bordas deste, as condições de possibilidade de novos imperativos estéticos. O corpo como suporte da arte e como suporte do tempo, como o que suporta as possibilidades da arte e encarna o tempo fraturando-o através da introdução de possiveis descontinuidades.
A política do “lacre”: um fracasso em questão
Há 3 semanas
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