segunda-feira, 31 de maio de 2010

A barbárie e o Estado Assassino



A barbárie é por si só odiosa, mas a barbárie naturalizada e recoberta, pela passividade das nações e das autoridades do mundo, com ar de legitimidade e normalidade é abominável. O mais recente ataque promovido pelo Estado de Israel, que deixou 19 mortos, contra um comboio de barcos de ativistas destinado à levar ajuda humanitária até a Faixa de Gaza é uma cusparada no rosto de todos os ideais civilizatórios e humanos que afeiçoam as nações modernas, entre as quais Israel diz figurar e respeitar. Por quanto tempo os países do mundo assistirão as matanças seletivas, os assassinatos planejados e encomendados, as estratégias e políticas de genocídio, expulsão e humilhação levadas à cabo por Israel apenas com suas polidas e convenientes declarações de condenação e repúdio?

Por muito menos, os países hegemônicos invadem outros países, ocupam-nos, erguem embargos comerciais, congelam contas, suspendem acordos e parcerias econômicas e até mesmo a circulação das pessoas originárias dos países “punidos. Mas quando se trata de Israel a paciência da ONU e dos países ricos assemelha-se a paciência de Jó.

Está mais do que claro, Israel é um Estado Racista, na acepção que Michel Foucault o concebe. Com esses últimos ataques aliados às corriqueiras políticas de espionagem e eliminação, vem à luz a natureza chantagista baseada no poder de matar, na competência de matar cada palestino, homem, mulher ou criança, assim como quaisquer que expressem o seu apoio à Palestina e sua população, estejam onde estiverem e independente de suas finalidades, todos estão expostos à possibilidade da morte. Eis aí o terrorismo do Estado de Israel, eis aí a forma pela qual este deseja submeter. O racismo e a imposição do medo, em palestinos e israelenses, é o que assegura a função homicida do Estado de Israel como forma de promover e garantir a segurança e a vida de sua população.

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