sábado, 16 de janeiro de 2010

Noturnas

Como uma vasta e flutuante cortina negra, a noite desce sobre o firmamento. De cá, pergunto-me, se o que brilha nas paredes de sua obscuridade, em seu útero, são anéis ou cicatrizes? Continente destroçado por chuvas de diamantes e lágrimas.
Meus olhos fechados, alojados como chagas reluzentes em seu ventre, manchados de pó de estrelas e solidão, pecorrem suas entranhas, oh noite!
Daqui, amamento-me do orvalho eterno de suas idéias e poesias.

Alyson Thiago F. Freire

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