Difícil, nesses dias, escapar de falar ou ouvir sobre futebol e copa do mundo. Impressiona a imensa mobilização. Basta ligar a televisão e ver a exibição de presidentes, políticos, artistas, atores, enfim, todos os que importam no mundo do espetáculo – ou seja, que aparecem – convertidos em torcedores fantasiados e eufóricos. Até o poder despe-se de sua seriedade e sisudez e vem chafurdar desinibido no mundo excitado e infantilizado do entretenimento global. O que, além da Copa do Mundo de futebol, pode mobilizar, em escala planetária, tamanha e distinta platéia? Paralisar todo tipo de atividade, exceto a do capital, reter todos os sentidos da atenção e as urgências do mundo em uma síntese máxima da globalização e do espetáculo vão, mas divertido?
O planeta e o agir humano midiaticamente mobilizado. Tudo parece parar. Nada na história humana, a não ser uma guerra ou catástrofe mundial, parece equiparar-se ao poder de mobilização da Copa do Mundo.
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